2 de jan. de 2010

...

Se alguém souber ouse em me contar
Que se viu russos na Alemanha a passear.
Ou, melhor ainda, quem sabe,
Cubanos em Los Angeles a brilhar.

Que o norte da América é símbolo de união,
E não a representação do mais forte.
Pois, Colombo quando aqui chegou,
Trouxe a esperança, e não divergência de sul ao norte.

Oh, se alguém puder não hesite em gritar,
Que o mundo não és um lodaçal perdido.
Que o povo espremido da China
Acolheu um mulçumano, e lhe fez seu amigo.

E, quem sabe, lá na Suécia,
País de glória e progresso,
Também se viu dando espaço aos africanos,
Ao se esquecer da cor e,
De coisas bobas que já não interessam.

Eu só queria os fazer entender
Que, Gandhi, Lenin e Prestes
São sinônimos de lealdade.
Para assim, compreenderem que muitos outros
Pouco disseram a verdade.

Há muito quero acreditar
Que Deus lá em cima a nos olhar,
Um dia, nos perdou por Babel.
E, fez do homem paciente,
Para antes de tudo, poder amar,
As culturas, os povos, toda gente...

Preciso urgente ter fé
Que Deus tenha concedido a força de Jô
A nação da Palestina.
Também acalenta Israel,
Pelas marcas da guerra,
Com suas dores e tiranias.

Sei que sou alguém desprovido de nação;
Ás vezes, pretencioso no coração;
Que, para muitos, por vezes, perde a razão.
Mas, minha alma é azulada,
Minha esperaça esverdiada,
E, minha glória, dependente da união.

27 de out. de 2009

Só preciso

Só preciso do infinito
Da radioatividade
Dos raios solares
Do complexo do universo
Do campo da irrealidade

Elementos do platonismo
Sem o real do psiquismo
Onde o amor
Está acompanhado do ironismo.

Só preciso da fé Pagã
Estar em luta com algum Titã
Brilhar mais que Aldebarã
Renegar meu antigo clã.

Quero ser conhedor da química
Provar ser contraversas
as teorias da física
Inventar novas formulas e números
Ser portador de um novo dilúvio.

Só preciso administrar cada planeta
Ter meu nome em algum cometa
Matar androides com tiros de escopeta
Transformar o mundo a minha maneira.

Adiante guerras entre os pólos
Platão e sua caverna serão esquecidos
César beijara meus pés arrependido
Serei mais belo que Narciso.

Só preciso ser o mestre da alquimia
Ter Morfeu nos sonhos como compania
Pelo partido esquerdida fazer uma rebelia
E, esquecer que não sou ninguém -
Pelo menos por um dia!

21 de out. de 2009

Eu

Tenho o cérebro já todo arruinado,
Um rosto, que pela vergonha é representado.
Em meus dedos há tantos calos -
Incrivel! Por quê, se sempre estive parado?

No coração há um enorme buraco.
O pulmão é preto de ser fumado.
Dos rins só me sobrou um,
E os dentes, já não há nenhum.

As unhas, há tempos estão pretas,
Os ovidos, surdos, certeza!
O cabelo, todo branco,
E o andar, absolutamente manco.

A carcaça dos ossos estão visíveis,
A pele maltratada, cheia de cicatrizes.
Os olhos quase cegos, inúteis;
E da barriga, se ouve o barulho dos vermes -
Quando discutem.

Infecções se apossaram de todo o ser.
A boca não mais sabe dizer o verbo querer.
O pus da dor sempre presente,
Enquando doenças se espalham frequentemente.

Sou o molde de qualquer patologia;
A podridão cheirando mal a luz do dia.
A chaga, já ignorado até pela lágrima;
O nausebundo, pálido portador da sombra vaga.

Vou confessar minha idade: tenho 20 anos.
Os vermes me arrunairam, me causaram danos.
Eu, que já morri há tanto tempo,
Ainda sou condenado a vida - esse é meu tormento!

Ps: Escrevo no masculino, para assim, poder rimar os versos.

18 de out. de 2009

O silêncio

O silêncio nunca sera eloquente;
Ele doi, fere,
parece mesmo é porreta
batendo dentro da gente.

Ah! O silêncio,
como ele maltrata...
Ainda mais, quando é praticado
pela pessoa amada.

O silêncio,
sabe lá o que quer dizer;
Ele é refém do medo,
e por vezes, um grito de desespero.

O silêncio traz consigo o mistério,
a dúvida e nenhuma saída;
Vem carregado de tudo.
E o amor, já não é mais cego, e sim, mudo.